quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Comunicação com o idoso


Algumas dicas para melhorar a comunicação com o idoso dependente:

• Otimizar os pré-requisitos, já descritos, para uma boa comunicação com o idoso (visão, audição, próteses dentárias, prevenir doenças neurológicas, etc.)
• Sempre tratar o idoso com respeito e chamando-lhe pelo nome. Evitar as expressões como “VOVÔ”, “MINHA CRIANÇA”, “COITADINHO”, “PACIENTE DO LEITO X”, “AQUELE QUE TEM ALZHEIMER”, etc.
• Lembrar que o nome é seu maior patrimônio, é a sua marca registrada num mundo cheio de Josés e Marias. NADA É MAIS IMPORTANTE DO QUE SEU PRÓPRIO NOME. QUANDO ALGUÉM FALA SEU NOME, ISTO É MÚSICA PARA SEUS OUVIDOS!
• Mantenha sempre a tranqüilidade, mostre-se calmo.
• Seja flexível, não exija aquilo que o idoso não pode dar.
• Não tenha pressa para falar e não fique com pressa de ouvir o que o idoso quer falar.
• Procure guiar a conversa, ajudar o idoso a se comunicar. Não controle a conversa, não deixe o idoso falar só o que você quer!
• Não é só a palavra que sai da sua boca que tem importância ao se ouvir. Seus gestos, a carga emotiva da voz, o conteúdo do que se fala e a representação do que se fala, por quem está falando (verdade/mentira).
• Esteja sempre olhando para o idoso, quando falar com ele. Perceba se ele está olhando para você e entendendo o que se está dizendo.
• Evite mostrar-se com raiva ou chateado com o idoso. O olhar de tranqüilidade e bondade, o olhar de carinho e de bom humor contagia qualquer pessoa. Imagine praticando isto com o idoso que é seu cliente ou que é seu familiar!
• Numa conversa, nunca discuta ou tente convencê-lo. Geralmente, quando isto acontece, a conversa fica áspera, complexa e de difícil entendimento pelo idoso.
• Deve-se falar claro e lentamente, sem elevar muito a voz. Se for necessário, podem-se repetir palavras que tenham o mesmo sentido. Exemplo: “José, vamos tomar banho… Lavar o corpo… Entrar no chuveiro?”
• Ao dizer nomes, dê uma orientação: “Maria, sua filha.”, “João, seu vizinho.”
• Comunicar com frases curtas e simples, enfocando somente uma idéia ou opinião de cada vez.
• Dê tempo para o idoso entender o que lhe foi dito.
• Para portadores de demência, quando fizer uma pergunta, uma escolha, nunca dê muitas opções: “Mamãe, a senhora prefere a saia azul ou a marrom”?
• Antes de dar uma notícia ruim, lembrar sempre se o idoso é capaz de entender o que vai ser falado.
• Tenha uma comunicação positiva! Evite a palavra “NÃO”.
• O que é melhor ouvir? “Ô vô, não fique andando pela casa deste jeito!” ou “Sr. Sebastião, sente um pouco comigo e vamos ver o Roberto Carlos cantar na televisão”.
• Mantenha suas promessas. Portanto, só prometa aquilo que puder cumprir. Crie confiança!
• Nunca exclua o idoso de uma conversa, na qual ele faça parte.
• Ambiente barulhento ou estressante pode piorar a capacidade de entendimento do idoso.
• Procure entender o “idioma” do corpo do idoso. Expressões de sofrimento, de raiva, de angústia, de tristeza, de espanto, podem dizer mais sobre o que o idoso expressa, do que sua própria fala.
• Se o idoso permite, o uso do toque, do abraço e do beijo são ótimas formas de comunicação não-verbal

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